O prefeito de Candeias, Francisco Conceição (PSD), aguarda do Ministério da Integração Nacional a avaliação do pedido de recursos federais para sanar os prejuízos provocados pelas chuvas neste município da Grande Salvador. No total, foram solicitados R$ 150 milhões.
"Já apresentamos o plano de trabalho. A expectativa é que o Ministério
da Integração se posicione e libere alguma verba para a recuperação",
acrescentou o prefeito. O órgão federal foi procurado pela equipe de
reportagem, mas até o fechamento desta edição não havia respondido à
solicitação de informações.
Enquanto não há resultado para o pedido feito, a prefeitura municipal
aprovou na última sexta-feira um auxílio emergencial de R$ 250 mensais
para as 900 famílias que tiveram prejuízos com as chuvas. O benefício
será concedido durante três meses.
"Na próxima semana, devo ir a Brasília tentar pedir aceleração na
liberação desse recurso", disse Francisco Conceição. Segundo ele, o
montante será investido na contenção de 16 encostas (R$ 74 milhões),
aquisição de máquinas e equipamentos e repavimentação de 76 ruas. E
também na construção de 300 unidades habitacionais, por meio do programa
federal Minha Casa, Minha Vida, e recuperação de alguns dos imóveis
avariados.
"O problema maior hoje não é só recuperar as casas. É fazer o serviço
de recuperação das encostas para que todo ano não se repita essa
ocorrência. É um problema que temos há mais de 20 anos", afirmou o
prefeito de Candeias.
Santo Amaro
Em Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo baiano, a situação é
semelhante. Segundo o prefeito Ricardo Machado (PT), foram pedidos R$ 60
milhões ao ministério. "A prefeitura está aguardando a definição do
Ministério da Integração e da Defesa Civil sobre os recursos
solicitados", disse.
Machado afirmou que o montante, se for liberado, será investido na
recuperação de cerca de 200 casas atingidas pela enchente do rio Subaé.
"Uma parte será para reforma de casas. Outra, para recuperar danos
causados ao patrimônio público, como calçamento, quatro escolas e dois
postos de saúde".
Um dos problemas mais graves, segundo o prefeito de Santo Amaro, é a
situação das estradas que ligam a zona rural à sede do município. Os
três distritos mais prejudicados são Pedra, Oliveira dos Campinhos e
Acupe. "No distrito de Pedra, a população está quase que ilhada. Para
chegar à sede, eles têm que rodear 26 km. Antes, percorriam apenas
seis", acrescentou.
Machado disse ainda não haver um plano B, caso a verba federal seja
negada. "A gente não está pensando em plano B porque não existe. Tem que
ter um socorro. O município não tem condições de, com recursos
próprios, recuperar a cidade".
Tanto em Santo Amaro como em Candeias estão sendo feitos trabalhos de
limpeza das casas atingidas, para que as famílias desalojadas possam
retornar. No entanto, em Candeias alguns imóveis não apresentam
condições seguras para o retorno das famílias. Parte delas está em casas
de parentes e amigos enquanto a situação não é solucionada.
No dia 15 passado, os prefeitos dos dois municípios foram a Brasília,
sendo recebidos pelo ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi. Na
ocasião, eles apresentaram ao gestor federal o relatório de estragos
causados pela intensa chuva que castigou suas respectivas regiões. ( A tarde)
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