A
bancada baiana no Congresso se comprometeu a, no prazo de 30 dias, ter
uma solução para garantir a conclusão das obras
de implantação do estaleiro Enseada Indústria Naval,
em Maragojipe.
O estaleiro, um investimento de R$ 3,2 bilhões previa gerar 7,2 mil empregos para a construção de sondas encomendadas pela Petrobras para explorar a camada de pré-sal.
O estaleiro, um investimento de R$ 3,2 bilhões previa gerar 7,2 mil empregos para a construção de sondas encomendadas pela Petrobras para explorar a camada de pré-sal.
Com
a crise da estatal e de subsidiárias, provocada pela Operação
Lava Jato, já foram demitidos mais de 6 mil trabalhadores nos últimos
quatro meses. O projeto foi interrompido em novembro, quando a implementação
do empreendimento já havia atingido 82% de avanço físico
das obras.
De
acordo com o presidente do Enseada, Fernando Barbosa, para concluir as
obras são necessários R$ 600 milhões - que aguarda
liberação do financiamento disponibilizado pelo Fundo da
Marinha Mercante e do qual o empreendimento já havia recebido R$
1 bilhão. "Precisamos que a Caixa e o Banco do Brasil liberem
os empréstimos para que possamos retomar as atividades".
Barbosa
reforçou também a importância da manutenção
dos acordos feitos com a Petrobras, que previam a construção
de seis sondas e investimentos na ordem de R$ US$ 1,7 bilhão. "Para
que isso aconteça a estatal precisa confirmar os contratos que
ela assinou. Automaticamente, depois que a Petrobras decidir isso, os
investimentos devem ser liberados".
O
senador Walter Pinheiro (PT) garantiu a união de toda bancada baiana
- independente de partidos - em prol da liberação dos investimentos.
"Aqui não se trata nem de concepção de governo,
nem de partido, mas da concepção de desenvolvimento econômico
para o nosso estado", disse.
Segundo
o deputado federal da oposição José Carlos Aleluia
(DEM), a bancada baiana sozinha não pode fazer muita coisa e por
isso cobrou maior engajamento do governador Rui Costa. "É
necessário que o governo dos estado assuma o comando das reivindicações.
Os deputados isoladamente não vão conseguir resolver isso sozinhos". Aleluia afirmou que o motivo de todos os problemas estão na Petrobras. "O problema é gigantesco. É evidente que a origem de tudo está nos erros cometidos pela Petrobras na crise do petrolão".
Os deputados isoladamente não vão conseguir resolver isso sozinhos". Aleluia afirmou que o motivo de todos os problemas estão na Petrobras. "O problema é gigantesco. É evidente que a origem de tudo está nos erros cometidos pela Petrobras na crise do petrolão".
Já
o secretário de Desenvolvimento do estado, Jorge Hereda, assegurou
que o governo do estado irá intervir em prol da reativação
do projeto: "Tenho certeza que vamos ter o encaminhamento da maneira
como foi proposto aqui. Nosso foco vai ser nos contratos para que a Petrobras
mantenha o acordo original".
Quando
estiverem plena capacidade, o Enseada poderá processar inicialmente
72 mil toneladas de aço por ano, na construção de
navios de alta especialização, plataformas, unidades flutuantes
de armazenamento e transferência (FPSOs) e sondas de perfuração.
Com
a parada das obras, R$ 110 milhões deixaram de ser injetados na
região de Maragojipe, sobretudo na geração de renda
no setor de serviços. Para o presidente da Fieb, Antônio
Ricardo Alban, o estaleiro representa a retomada da indústria naval
no estado. "É a base para novos projetos na indústria
naval", disse. (Correio)
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