Os crimes aconteciam desde 2013, quando ela iniciou sua empreitada criminosa em Salvador. De acordo com a coordenadora do Gaeco, a promotora de Justiça Ana Emanuela Rossi Meira, a investigada abordava mulheres por aplicativos de mensagens ou sites de encontros amorosos e se passava por pessoas do sexo masculino, utilizando imagens subtraídas de terceiros em redes sociais e até manipulando a sua voz. As investigações tiveram início em janeiro deste ano, a partir de uma denúncia encaminhada ao MP. Durante a operação, foram apreendidos objetos como computadores (pessoal e de trabalho), notebook, quatro celulares e seis chips de aparelhos telefônicos. Andreza Souza Dias Souza foi ouvida pelos promotores e deverá ser encaminhada ao Presídio Feminino. Após conclusão do inquérito, o MP oferecerá a denúncia.
Segundo o Gaeco, Andreza Dias Souza chegava a se apresentar como parente dos perfis masculinos utilizados por ela, com a finalidade de se aproximar pessoalmente de suas vítimas. Os encontros pessoais se davam depois de ser construída uma relação de confiança e afeto, o que era utilizado como argumento para convencer as mulheres de que poderiam se relacionar sexualmente com ela, fazendo-as acreditar que podia manifestar, "energicamente", a presença física dos personagens masculinos. “Com atuação convincente, alto poder de persuasão e extrema habilidade, a suspeita, passando-se por homens, ludibriava as vítimas a efetuar pagamentos e transferências em seu favor, que era apresentada como ‘sobrinha’ do personagem fictício por ela inventado”, explicam os promotores.
O mandado de prisão preventiva em face de Andreza Souza Dias Souza e os três mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas cidades de Santo Antônio de Jesus e Nazaré, no Recôncavo baiano, em endereços frequentados pela investigada. Foram arrecadados aparelhos celulares, computadores e documentos relacionados ao caso. Os mandados foram expedidos pela 5ª Vara dos Feitos Criminais da Comarca de Salvador/BA.
A ação contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança Institucional e Investigação (CSI); do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos (CAODH) e do Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher e da População LGBT (Gedem), que ofereceu suporte emocional às vítimas; de promotores de Justiça do Ministério Público do Estado da Bahia; e da Polícia Militar do Estado da Bahia, por meio da Companhia Independente de Policiamento Especializado – Litoral Norte (CIPE).
Cecom/MP - Telefones: (71) 3103-0446 / 0449 / 0448 / 0499 / 6502
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