Na canção Bahia com H, o compositor Denis Brean decreta: “Terra mais linda, não há”. Mas, e a Baía (sem H) de Todos os Santos? Também é difícil achar uma mais bela.
Isso desde o século XVI, quando os primeiros portugueses atracaram por aqui e atestaram que as águas calmas e o relevo diferenciado credenciavam o local para receber a sede da colônia.
Inspiração de poetas, palco de uma guerra que culminou com a Independência da Bahia, museu a céu aberto dos tempos dos engenhos de cana, celeiro do samba de roda.
A Baía de Todos os Santos tem beleza e história para contar, predicados que poderiam torná-la o principal polo de atração turística do estado, o que não acontece. “É a nossa joia da coroa, é o que há de mais singular na Bahia, que é único, a maior baía do Atlântico Sul, praticamente inexplorada para o turismo. Temos que redescobri-la”, observa o secretário do Turismo, Domingos Leonelli.
“É a nossa joia esquecida. Qualquer país, qualquer estado que possuísse uma das maiores baías do mundo, teria cuidado e estaria aproveitando ela de maneira bem diferenciada”, reclama Pedro Galvão, presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens da Bahia (Abav).
O governo estadual agora tenta tirar do papel projetos para desenvolver o potencial turístico da baía. Reduzir os problemas de segurança pública nas cidades do entorno e a poluição também é preocupação para encantar os turistas.
A Secretaria do Turismo do Estado (Setur) toca três iniciativas. A mais ambiciosa tem financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e pretende investir R$ 170 milhões para estimular o turismo náutico e cultural nos 18 municípios que fazem parte da baía.
Cerca de R$ 60 milhões são recursos do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), do Ministério do Turismo, além de R$ 7 milhões do governo estadual.
Segundo a superintendente de Investimentos e Polos Turísticos da Setur, Clarissa Amaral, o contrato com o BID será assinado em dezembro, com recebimento da primeira parcela em janeiro.
Facilitar a vida de quem gosta de velejar, na compreensão do estado, seria uma remada inicial para um objetivo maior: ampliar a infraestrutura hoteleira nas cidades banhadas pela baía.
“Já fazemos um trabalho paralelo de atração de investimentos, convidando empresários para ver locais para a instalação de bases de charter (pistas de pouso para aviões fretados), hotéis, agências de esportes náuticos. Eles estão esperando o pontapé inicial para começar a investir”, ponderou Clarissa.
Com informações do Correio da Bahia
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