O Monsenhor Gaspar Sadoc morreu na noite da
quinta-feira (22), aos 100 anos, em Salvador. Ele passou mal em sua
casa, na Vitória, por volta das 21h. Médicos foram chamados mas não
conseguiram reanimar o religioso, que morreu vítima de uma parada
cardiorrespiratória.
O corpo de Sadoc será velado na Igreja de Nossa
Senhora da Vitória nesta sexta (23), partir das 8h. Às 15h, será
celebrada uma missa e o sepultamento acontecerá em seguida, informou a
Arquidiocese de Salvador.
Santo Amaro
Sadoc nasceu em Santo Amaro da Purificação, em 20 de março de 1916, filho de um operário e uma doméstica. Ele foi ordenado sacerdote em 30 de novembro de 1941, pelo Arcebispo Dom Augusto Álvaro da Silva, em solenidade realizada na Catedral Basílica.
Em 22 de fevereiro de 1942, tomou posse da sua 1ª paróquia, São Cosme e S. Damião, na Estrada da Liberdade, sendo seu 1º vigário. Neste mesmo ano, começou a ensinar Latim no Colégio da Soledade. Após sete anos foi transferido para ensinar Latim e História no Seminário de Itaparica. Foi capelão dos Maristas, das Doroteias, do Rosário no Pelourinho.
Em 1951, foi nomeado Vigário da Paróquia de Cristo-Rei e São Judas Tadeu, onde construiu a matriz, inaugurando-a em 1960. Em 1968, Dom Eugênio de Araújo Salles transferiu-o para a Paróquia de Nossa Senhora da Vitória, onde ficou por 38 anos. Em 1990, ele tomou posse na Academia de Letras da Bahia.
Gaspar Sadoc foi ordenado padre em 1941. Ele iniciou
a vida religiosa na paróquia da Liberdade, em Salvador. Depois, foi
para a igreja de São Judas Tadeu, na Baixa de Quintas, onde passou por
18 anos, construindo o santuário de São Judas Tadeu. No final do
ordenado, ele estava à frente da igreja da Vitória, na Graça.
Em março, "Mãos Juntas", um livro com textos de
autoria do padre foi lançado. O livro reúne mais de 60 textos de autoria
de Sadoc, baseados nos pequenos programas veiculados em 2012 na Rádio
Excelsior (AM 840).
Os programas versavam sobre assuntos como fé,
religiosidade e esperança. A ideia da publicação foi do médico Carlos
Kruschewsky, amigo de Sadoc e frequentador da Igreja da Vitória, onde o
religioso atuou por 38 anos.
“Sadoc foi pároco daquela igreja e ali se dedicou
ao outro. Foi responsável pela construção de um ambulatório, que ainda
funciona muito bem, junto ao Cato. Ali, são realizados 3 mil
atendimentos por mês, gratuitamente”, disse à época Kruschewsky, 90
anos.
O médico destaca ainda outras criações de Sadoc,
como a Feira da Paróquia, realizada anualmente na Graça, e uma creche
que continua em funcionamento. Kruschewsky, que frequentou a Igreja da
Vitória durante alguns anos, acabou se aproximando do pároco e tornou-se
seu amigo. Foi Kruschewsky quem participou do lançamento do livro de
Sadoc, que estava muito fragilizado.
Informações Correio
Monsenhor GASPAR SADOC DA NATIVIDADE, mais uma celebridade, que Santo Amaro da Purificação perde.
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