22 de dezembro de 2016

Comunidade santamarense da exemplo de solidariedade



O ano de 2016 foi marcado por uma avalanche de notícias e de situações negativas. Essa carga de mazelas afetou não só o nosso país, mas também ao mundo como um todo: guerras, crise, acidentes, violência. Enfim, tantos problemas que terminam tornando difícil enxergar positividade no cotidiano.

Em uma escala menor, as outras tranquilas paragens do recôncavo baiano enfrentam suas micro crises, bem como escândalos, criminalidade e desemprego. Nossa, que fase terrível! Lamento que esse texto comece de forma tão triste, mas lidar ou escrever sobre a realidade é bem cruel às vezes.





Na semana passada, na via de acesso principal à cidade, ocorreu uma tentativa de sequestro, ou seja, mais um ponto a favor da negatividade no placar da vida. Não entrarei em detalhes, pois esse assunto já foi batido e rebatido em diversos veículos, inclusive nesse que ora utilizo. Mas, após o ocorrido, vieram consequências: pessoas feridas física e mentalmente, criminoso preso e refém salva.


E a vida segue sua normalidade atual e dura, até que uma pessoa, após auxiliar uma das vítimas do fato citado acima e observar as condições de sua moradia, se sensibilizou e apelou em um grupo de uma rede social pelo apoio de seus contatos.




A partir dali, a maré virou e, de fato, como uma onda passando vigorosamente e de forma irrefreável, a positividade tão escassa atualmente encontrou o seu caminho. Através do coração do Santoamarense, logo alguém ofereceu um saco de cimento para o piso que a casa não tinha, outro ofereceu telhas, alguém a fiação, uma cama, colchões, alimentos, roupas, encanamento, enfim tudo.


Essas pessoas não ofereceram bens materiais, ofereceram amor e é disso que o mundo precisa. Ao escrever esse texto, não poderia me ater ao fato meramente, pois tinha que falar com sentimento, o mesmo sentimento que fez grande parte da população de uma cidade deixar de lado suas desavenças, seus problemas e a crise, para, de forma despretensiosa e despida de vaidade, ajudar um dos seus que necessitava.



Nesse movimento apolítico, não foram estendidas bandeiras ou cantados brados; não existem líderes ou representantes; existe um organismo que, em cada célula, trabalha na contenção e na cura de um ferimento, que, na dureza da realidade cotidiana, pode parecer pequeno, mas incomoda e precisa ser tratado.


Hoje, entendo as palavras poéticas de gênios que musicaram uma melodia de outro gênio: “olho para o céu, tantas estrelas na imensidão do universo em nós...”. Não surpreende que um desses gênios venha dessa terra. Na noite do sertão, as estrelas que iluminam o céu de Santo Amaro são as pessoas de bem dessa terra, que insistem em remar contra a maré e serem boas, apesar da vida ser cruel.


A purificação, presente também no nome desse município, pode ser o efeito que os atos bondosos de seus cidadãos proporcionarão na vida de uma família específica e refletirão na sociedade em sua totalidade.


Para ajudar não precisa muito, basta procurar nas redes sociais sobre como e quando, ou perguntar a algum santoamarense. Podem ser doações, trabalho, contatos etc. O importante é se mobilizar.


Por: D. Barbosa

2 comentários:

  1. A Leal e Benemérita cidade de Santo Amaro, aos poucos dá sinais de que é possível construir um modelo democrático menos centrado na representatividade.

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  2. Temos o mal hábito de achar que só grandes eventos pode ajudar e esquecemos que uma pequena fração de algumas Coisa,dada de coração com amor é que faz a diferença.

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