
(Lalo de Almeida/Folhapress)
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai marcar uma reunião para os próximos dias com representantes do WhatsApp com o objetivo de discutir a disseminação de fake news na campanha eleitoral brasileira, especialmente aquelas que atingem a imagem da Justiça Eleitoral e a segurança do sistema.
O TSE também pretende utilizar o próprio site do tribunal para catalogar boatos dirigidos à instituição e reiterar que não há comprovação de fraude em 22 anos de utilização das urnas eletrônicas.
Em outro esforço, a Corte Eleitoral está trabalhando em um aplicativo com o qual os próprios usuários poderão denunciar fake news — ainda não se sabe se a ferramenta será concluída antes do segundo turno, marcado para o dia 28 de outubro.
Esses assuntos foram debatidos durante reunião nesta quarta-feira (10) com os integrantes do Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições, que se encontrou pela primeira vez durante o período eleitoral — a última reunião havia sido em 4 de junho, antes de a ministra Rosa Weber assumir a presidência do TSE.
As plataformas WhatsApp, Facebook e Google não foram convidadas para a reunião, mas deverão participar do próximo encontro, previsto para o dia 22 de outubro. Antes disso, auxiliares do TSE pretendem conversar com representantes do aplicativo de mensagens instantâneas para tratar da utilização da plataforma na proliferação de notícias falsas.
A falta de uma definição por parte do TSE sobre a estratégia a ser adotada para prevenir a disseminação de boatos e a ausência de uma tipificação penal para enquadrar a proliferação delas abriu caminho para um grande número de fake news distribuídas no primeiro turno das eleições, na avaliação de investigadores e conselheiros do TSE.
Para conselheiros ouvidos reservadamente, a Corte Eleitoral subestimou o impacto do problema durante a campanha. Para um deles, o TSE “está atuando a reboque dos fatos”.
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