12 de abril de 2013

Policiais se reúnem nos Aflitos para avaliar propostas do governo



Na tarde desta quinta-feira (11/04/13), cerca de cinco mil militares do Estado da Bahia se reuniram em assembleia, na sede do sindicato dos Bancários, para avaliar as propostas discutidas entre os líderes do movimento e o governador Jaques Wagner, na última terça-feira.

"A perspectiva foi acima do que a gente esperava. A categoria mostrou mais uma vez que está unida. O que mais esperamos é que o governo abra ainda mais o diálogo, que já foi aberto", disse o vereador Prisco, que liderou a Associação dos Bombeiros e Praças e suas Famílias da Bahia (Aspra) na última greve, em conversa, logo após o fim da assembleia.


No encontro, os policiais votaram o prazo de 30 dias para que o governo do Estado crie uma comissão que analisará as propostas da categoria apresentadas em reunião com o governador Jacques Wagner, na última terça-feira à noite. “A decisão é em resposta ao indicativo do governador de criar uma comissão para remodelagem da Polícia Militar em 180 dias. Na terça o diálogo foi bom. Avalio que podemos iniciar um momento positivo entre categoria e Governo", afirmou.

Os militares pretendem discutir mobilizações caso o Governo do Estado tente retirar da Gratificação por Atividade de Polícia (GAP) IV percentual a ser acrescido no soldo para equiparar ao salário mínimo. A GAP IV é prevista na Lei 7.145/97, que foi publicada e não cumprida por mais de 15 anos. O benefício agora compõe a remuneração dos policiais.



"Vamos lutar para que o Governo não desconte percentual da GAP que é direito adquirido. Não retrocederemos na garantia que é nossa", afirmou o vereador soldado Prisco. "A luta deve avançar. Precisamos regulamentar o auxílio acidente e garantir o pagamento de periculosidade e insalubridade. A quantidade de policiais mortos e com sequelas nos últimos oito anos só têm aumentado”, afirma.



Promessas não cumpridas

Para 2013, a categoria ainda quer a resolução das promessas feitas pelo governo do Estado durante a greve da categoria, que acabou no dia 11 de fevereiro do ano passado, e ainda não foram cumpridas. Entre as reivindicações, está a anistia dos cerca de 100 militares que ainda respondem pela participação no movimento grevista do ano passado, mesmo após o governador Jacques Wagner se comprometer, inclusive, através da grande mídia, a não impor sanções à categoria.


Os militares ainda lutam pela abertura de uma comissão para discutir a criação do Código de Ética da categoria em substituição ao atual estatuto, outro compromisso do governo não cumprido. “O estatuto atual é 50% inconstitucional. A exemplo, da demissão de militares reformados, proibida expressamente pela Súmula do STF. É um absurdo que ainda esteja em vigor”, afirma.


Segundo Prisco, o maior objetivo é ver as coisas mais concretas no que se refere à relação entre governo e polícia. "O governador sentar à mesa já é um avanço absurdo. A população, a Bahia, clamam por uma melhor segurança. Queremos mudar este modelo de hoje, que está falido e queremos ajudar o governo", concluiu o vereador.


Um a nova assembleia foi marcada para o dia 9 de maio, às 15h, na sede do sindicato dos Bancários.

Fonte: Bocão News.



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