14 de agosto de 2014

Estaleiro Enseada em Maragogipe já está com 75% das obras concluídas


Maior projeto privado da Bahia na última década, o estaleiro Enseada Indústria Naval (unidade Paraguaçu), localizado em Maragogipe, no Recôncavo, já está com aproximadamente 75% das obras concluídas. Em junho, ficou pronto o primeiro cais, que tem área total de 5,2 mil metros quadrados e capacidade para receber embarcações de até 210 metros de comprimento.

Atualmente as equipes trabalham na conclusão das obras da oficina de corte e tratamento de chapas de aço. Ocupando área de 1,6 milhão de metros quadrados, o estaleiro gera hoje 5.500 empregos diretos. O navio-sonda Ondina, o primeiro equipamento a ser construído, representa investimento de US$ 800 milhões.

O estaleiro já iniciou a fase de operação, construindo as sondas para exploração do pré-sal, e a previsão é que seja inaugurado em 2015. “Hoje a empresa tem contratos de aproximadamente US$ 6,5 bilhões”, segundo o diretor de relações institucionais e de sustentabilidade do empreendimento, Humberto Rangel.

Com investimento de R$ 2,7 bilhões, o estaleiro é construído pela Enseada Indústria Naval, empresa formada pela Odebrecht, OAS, UTC e Kawasaki para atuar na construção e integração de unidades ‘offshore’, como plataformas, sondas de perfuração e FPSOs - sigla inglesa de unidades flutuantes de produção, armazenamento e transferência.

Capacidade plena

De acordo com o secretário estadual da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, o estaleiro possui padrões de qualidade, produtividade e tecnologia equivalente aos melhores do mundo. “É um equipamento com a mais alta tecnologia mundial e um marco para a indústria naval brasileira”.

Em plena atividade, o estaleiro poderá processar 36 mil toneladas de aço por ano trabalhando em regime de turno único, o que permite ampla margem de produção para fabricação, até simultânea, de diferentes tipos de embarcações como sondas e FPSOs.

A Enseada tem como cliente, em Maragogipe, a Sete Brasil - companhia de investimentos especializada em gestão de portfólio de ativos do setor de petróleo e gás na área ‘offshore’ - para a construção de seis sondas de perfuração do pré-sal para a Petrobras. Alem do navio-sonda Ondina, o Enseada tem em carteira a construção de outros cinco (Pituba, Boipeba, Interlagos, Itapema e Comandatuba) com entrega escalonada até 2020.

Meio ambiente

Humberto Rangel destaca que a questão socioambiental é ponto primordial na implantação do equipamento. “Já foram investidos aproximadamente R$ 40 milhões em medidas que incluem o mapeamento de espécies e manutenção de flora e fauna regionais”. Ele cita ainda a criação de viveiros, com mais de 40 mil mudas de árvores nativas, e ações de educação ambiental voltadas para as comunidades do entorno,

De acordo com ele, a empresa tem dado também apoio financeiro e logístico às cooperativas locais de costureiras e maricultores, junto com a capacitação para formação de colônias pesqueiras da Baía do Iguape e o gerenciamento de resíduos sólidos. SECON

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