Criada há cinco meses, a iniciativa de cunho psicossocial envolve atualmente 20 policiais militares que, juntos, confeccionam brinquedos, como bonecas de pano, peças de decoração, como almofadas, e utilidades do lar, como porta-sacos plásticos e pesos de porta.
Tudo é produzido a partir de objetos como boinas, gandolas, calças, cintos, cadarços, coifas, gorros, entre outros itens que compõem o fardamento da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. A matéria-prima é doada por oficiais e praças por não servirem mais ou por terem apresentado algum defeito de fabricação.
Uma das monitoras do projeto é a soldado Edna Santana, que há 16 anos foi atendida pela equipe do Serviço de Valorização Profissional (Sevap), atual DPS. “Fui acompanhada por psicólogos deste setor.
Através do trabalho de autoestima e valorização do policial, ele [o psicólogo] indicou que eu fizesse algo [terapêutico] que servisse para eu desenvolver um trabalho para ajudar na minha recuperação. Foi aí que resolvi fazer um curso de corte e costura. Comecei fazendo peças íntimas até começar a fazer bonecas”, declarou.
Através do trabalho de autoestima e valorização do policial, ele [o psicólogo] indicou que eu fizesse algo [terapêutico] que servisse para eu desenvolver um trabalho para ajudar na minha recuperação. Foi aí que resolvi fazer um curso de corte e costura. Comecei fazendo peças íntimas até começar a fazer bonecas”, declarou.
Realização pessoal
Sobre o trauma superado com auxílio da atividade terapêutica e ter se tornado a artesã da PMBA que ensina policiais a produzir peças criativas, Edna afirma que “é muito gratificante poder compartilhar, ajudar os colegas que, hoje, estão passando pela situação a qual eu já passei.
Estou completamente realizada e pronta para poder ajudar meus colegas policiais a seguirem este mesmo caminho”.
Estou completamente realizada e pronta para poder ajudar meus colegas policiais a seguirem este mesmo caminho”.
A iniciativa de desenvolver o projeto na PMBA partiu da soldado Adjaneara Costa, que viu no grande número de fardas sem destinação adequada a possibilidade de transformá-las em peças de arte. “A ideia surgiu para tentarmos unir o útil ao agradável.
Ter responsabilidade com o meio ambiente, reduzindo a quantidade de uniformes que antes eram descartados [cortados ou incinerados]. As fardas não podem ser usadas [por civis] no ambiente externo e tinham que ser destruídas. Percebemos que poderíamos trazer este material para o DPS e desenvolver atividade com policiais que tivessem demandas na parte psicológica, porque o artesanato pode ser utilizado de forma terapêutica”.
Ter responsabilidade com o meio ambiente, reduzindo a quantidade de uniformes que antes eram descartados [cortados ou incinerados]. As fardas não podem ser usadas [por civis] no ambiente externo e tinham que ser destruídas. Percebemos que poderíamos trazer este material para o DPS e desenvolver atividade com policiais que tivessem demandas na parte psicológica, porque o artesanato pode ser utilizado de forma terapêutica”.
A expectativa é que as peças produzidas por esta primeira turma sejam expostas no fim do ano. Formas de comercializá-las, com o intuito de reverter a renda para o DPS, também estão sendo estudadas pelos policiais.
DPS
Todas as atividades do DPS são oferecidas sem custo aos policiais, bem como aos seus familiares. Além do acompanhamento psicológico, o departamento disponibiliza assistência jurídica, assistência social, jurídico e enfermagem.
Há ainda o Centro Maria Felipa, responsável por minimizar os traumas causados por violência feminina, seja às mulheres da corporação ou às esposas e filhas de policiais.
Há ainda o Centro Maria Felipa, responsável por minimizar os traumas causados por violência feminina, seja às mulheres da corporação ou às esposas e filhas de policiais.
Na opinião da chefe do centro, a capitã Edilania Aguiar, os trabalhos do DPS têm apresentado resultados positivos. “Aqui, temos um grupo de policiais que usam substâncias psicoativas.
Eles são voluntários que procuraram o departamento. Realizamos várias atividades, entre delas, as oficinas. A gente, que está à frente do projeto, se impressiona.
Associamos muito a produção de artesanato à mulher, mas quando vemos um homem fazendo, pensamos assim ‘Poxa, um homem fazendo? ’. Aqui, neste projeto, a gente consegue ver isso”.
Eles são voluntários que procuraram o departamento. Realizamos várias atividades, entre delas, as oficinas. A gente, que está à frente do projeto, se impressiona.
Associamos muito a produção de artesanato à mulher, mas quando vemos um homem fazendo, pensamos assim ‘Poxa, um homem fazendo? ’. Aqui, neste projeto, a gente consegue ver isso”.
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