Todas as categorias da Polícia Civil do Estado da Bahia e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) irão paralisar as atividades por 24 horas, nesta sexta-feira (2), conforme deliberação da Assembleia Unificada que ocorreu na semana passada (25).
Delegados, investigadores, escrivães, peritos criminais, peritos técnicos, médicos legistas e odontos, a partir das 9hs, vão realizar um ato público em frente ao Centro de Operação e Inteligência (Coin), próximo à SSP, localizado no CAB.
Lá será feito um protesto em repúdio à precariedade e falta de estrutura das unidades policiais e em defesa do Anteprojeto de Reestruturação Salarial das Carreiras já entregue a Seaeb.s serviços essenciais serão mantidos de acordo com o percentual exigido por Lei.
O Presidente do Sindipoc, Marcos Maurício, destaca que 90% das delegacias do Estado estão inadequadas, com condições de extrema precariedade e diversas delegacias foram instaladas em casas residenciais.
Maurício esclarece que o objetivo da paralisação é chamar atenção da sociedade e do Governo em relação à situação da Polícia Civil “que está falida” e passando por muitas necessidades. “ A Secretaria de Segurança Pública investiu R$ 260 milhões na construção do COIN e, enquanto isso, as delegacias estão totalmente abandonadas!”, criticou Maurício.
O Presidente da Sindicato dos Delegados da Polícia Civil (Adpeb), Fábio Lordello, enfatiza que na tabela salarial, a nível nacional, a Polícia Civil baiana possui a pior remuneração do Brasil. Lordelo explica que a partir de sábado(3) a categoria irá trabalhar sob o regime de Operação Padrão, ou seja, a categoria só vai executar as atividades que estiverem com todas as condições de trabalho exigidas por Lei. “Se não tivermos os equipamentos adequados para fazermos as perícias e as investigações, não iremos fazer! O objetivo da Operação Padrão é agir com a legalidade”, pontuou o delegado Fábio Lordello.
O Presidente da Associação dos Escrivães (Aepeb), Luiz Carlos, ressalta que a Assembleia é soberana e os escrivães vão seguir a deliberação de paralisação. “ Estamos lutando por uma demanda comum para todos!”, garantiu.
Acorda cidade
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